Contagem ficou mais colorida e o clima de alegria invadiu a praça da Glória, no Eldorado, no domingo (7/8). A 16ª Parada do Orgulho LGBT+ reuniu milhares de pessoas vindas também de outras cidades vizinhas, integrando parte das comemorações dos 111 anos do município. Tão importante quanto a festa, o evento deu visibilidade às questões sociopolíticas pela luta dos direitos humanos e pelo combate ao preconceito e à homofobia.
Com o tema ‘’Resistir e existir um ato de amor à vida”, a parada foi organizada pelo Centro de Luta pela Livre Orientação Sexual de Contagem - Cellos, com o apoio da Prefeitura. Várias manifestações culturais e artísticas foram performadas ao público, antes dos trios saírem pela avenida João César de Oliveira, em direção ao bairro Cinco, onde a festa foi encerrada.
Presente no evento, a prefeita Marília Campos destacou que a Parada LGBT+ não é uma celebração, mas também um momento de luta. "Luta para que a nossa cidade se constitua como um verdadeiro arco-íris de todas as cores, onde as pessoas se respeitem, que saibam conviver com as diferenças sejam elas religiosas, políticas, de raça, de gênero, de orientação sexual. É isso que eu quero para Contagem", afirmou.
Marília reafirmou a importância do evento. "Essa manifestação de luta sinaliza novos tempos no nosso país. Espero que seja um grande presente para a cidade que completa 111 anos. Meu compromisso é fazer de Contagem uma cidade cada vez mais diversa e democrática", disse.
O presidente de honra do Cellos Contagem, Anderson Cunha, ressaltou que é muito simbólico ocupar a praça da Glória e a avenida João César no coração da cidade. "Nós não temos vergonha de ser o que somos. Defender a democracia é, antes de tudo, defender a vida. Temos direito de existir como nós somos, temos direito de ocupar os espaços para dizer que somos LGBTQIAP+ com muito orgulho. Viva a diversidade!", saudou.
"Hoje estamos aqui para promover a diversidade cultural com base nas questões de identidade sexual e gênero e conscientizar a população sobre o respeito à diversidade", enfatizou o secretário de Direitos Humanos, Marcelo Lino.
Morador de Betim, Saulo Shermann, foi participar da Parada do Orgulho LGBT+ de Contagem pela primeira vez e contou sua história. "Com 17 anos descobri que era gay e escondi isso durante 7 anos da minha vida. Estou aqui hoje por essa sensação de liberdade, por poder ser quem eu sou. Foi sofrido demais, não poder me assumir na época, principalmente, pela questão da aceitação dos meus familiares", disse.
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